A renovação da concessão da MRS traz uma expectativa de ganhos de curto e longo prazos, sejam efeitos diretos dos investimentos e do aumento de capacidade e eficiência, sejam indiretos, como os que poderão ser observados nas economias regionais e com a geração de empregos. Conheça alguns dos principais grupos de benefícios esperados com a renovação.
O plano de renovação da MRS tem forte direcionamento para o segmento conhecido como “carga geral”, que inclui produtos siderúrgicos, insumos para construção civil, produtos agrícolas e industrializados, além de todo tipo de mercadoria transportado em contêineres. Os investimentos da renovação da MRS serão, assim, fundamentais para que os trens tenham uma participação maior no share nacional de cargas (potencial de chegar a 31% do total ainda em 2026, contra atuais 15%). Isso representa custos reduzidos e mais eficiência para o setor produtivo nacional, que se tornará mais competitivo.
Conjuntamente, os projetos de investimento propostos irão criar uma integração ainda maior entre os três principais centros de produção e consumo do país, produzindo benefício também sob a ótica do mercado interno, com uma distribuição mais segura, eficiente e barata de bens na Região Sudeste. Em geral, a ferrovia promove uma redução de 20% a 30% nos custos logísticos, além de reduzir em até 70% o total de emissão de gases de efeito estufa.
A outorga da MRS irá gerar, por sua vez, investimentos em obras de interesse público, que servirão para aumentar segurança e criar soluções para as cidades, além de garantir menor interferência dos trens de carga sobre as comunidades. Esses investimentos podem chegar a um total de R$ 4,4 bilhões. Essa é uma estimativa correspondente à conversão da outorga prevista no Modelo Econômico-Financeiro (de R$ 2,1 bilhões) em investimentos de interesse público, no período de 10 anos. O portfólio de projetos será definido pelo Ministério da Infraestrutura após a fase de consulta pública do processo de renovação da MRS.
Os investimentos da MRS serão também fundamentais para reaquecer a indústria ferroviária nacional, produzindo efeito econômico em cascata nos três estados em que atua. Serão montantes extremamente expressivos para o próximo ciclo, chegando a R$ 17,7 bilhões por meio dos investimentos para aumento de capacidade aquisições de novos vagões e locomotivas, por exemplo) e os de sustentabilidade dos ativos (como muitos dos investimentos relacionados à renovação da via férrea).
Adicionalmente, os R$ 4,4 bilhões em projetos de interesse público também serão injetados diretamente na indústria, sobretudo na ferroviária e de construção civil.
Os investimentos previstos para a renovação da MRS trazem expectativa de ganhos indiretos relevantes:
Essas projeções foram feitas com base no plano de negócios de renovação, com os impactos calculados a partir de metodologia da Empresa de Planejamento e Logística (EPL).
Por fim, com o processo de renovação haverá uma ampla modernização regulatória, isto é, dos mecanismos de controle e aferição de performance por parte do Poder Concedente (a União). Estão previstas iniciativas em áreas como pesquisa e desenvolvimento tecnológico e novos compromissos com a preservação da memória ferroviária, entre outros aspectos aprimorados para esta nova fase da concessão da MRS.